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Em outubro de 2004, o zagueiro Serginho, do São Caetano, desabou na área durante partida contra o São Paulo, no Campeonato Brasileiro. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu. Casos como esse são raros, mas acontecem. Para evitar que os jogadores da Copa das Confederações passem por situações como essa, a Fifa iniciou um programa que envolve equipes médicas, capacitação e equipamentos em todos os estádios da competição.
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O programa foi desenvolvido pelo diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak. Dvorak está no Brasil para treinar as equipes de médicos e enfermeiros que atuarão nos estádios - um total de 560 profissionais. Ele falou com a reportagem de ÉPOCA sobre os preparativos para a Copa das Confederações, e disse acreditar que as seis sedes do torneio estão preparadas para enfrentar uma emergência médica. "Esperamos que esse tipo de incidente não aconteça. Mas, se ocorrer, estaremos preparados", disse.
A grande inovação médica para o torneio deste ano são os kits médicos. Pela primeira vez, todos os estádios e as equipes médicas dos oito times que participam do torneio terão uma maleta de primeiros-socorros preparada para atender os jogadores. As maletas contam com um desfibrilador, importante para casos de paradas cardíacas, como o do zagueiro Serginho. Cada kit custou cerca de R$ 10 mil, e foi fornecido pela Johnson & Johnson, patrocinadora da Fifa no setor de saúde.
Outro ponto importante do programa de Dvorak é a prevenção. Todos os jogadores das seleções participantes passaram por exames médicos obrigatórios para tentar detectar possíveis problemas e causas de contusão. Os exames não eliminarão todos os casos de contusão, mas ajudam a reduzir e evitar alguns.
Dvorak também falou da importância de manter uma equipe bem treinada e bem preparada. Segundo ele, os médicos que atuarão na Copa das Confederações foram escolhidos com a ajuda das organizações médicas brasileiras. "Os médicos estão extremamente bem preparados, e foram escolhidos com cuidado. Nós precisávamos garantir que as escolhas fossem técnicas, sem interferência política", disse. O aparato médico montado pela Fifa vale apenas dentro do campo. Casos médicos fora do estádio, envolvendo torcedores, por exemplo, são de responsabilidade do governo brasileiro e das cidades-sede.
Revista Época