![]() A religiosa portuguesa disse hoje à Agência ECCLESIA que esta missão na pastoral prisional é a sua “paixão” há mais de 20 anos, num contexto muitas vezes marcado pela “miséria humana”. “Para mim, a pessoa é sagrada”, sublinha. Enquanto visitadora prisional, acompanha reclusos que lhes são “sinalizados” pelos serviços prisionais, muitas vezes com penas superiores a 15 anos. “Eu digo-lhes: há Alguém que te ama mais do que aquilo que tu fizeste e nunca te deixará só”, revela. A religiosa passa “todo o dia” na prisão e diz nunca ter tido problemas, mesmo com quem é apresentado como alguém “perigoso”. “Venho visitar uma pessoa, nada mais. Sei e creio que cada pessoa é habitada por Deus”, explica. A irmã Elisa das Candeias Borges procura que cada recluso a sinta como “alguém que o compreende”, num contexto “duro”, que leva alguns ao suicídio. “A minha alegria e a minha paixão passam por ver alguém que chegou caído, sem esperança, levantar-se, pouco a pouco”, relata. A ajuda passa por tentar que o recluso comece a trabalhar, procurando retirá-lo do espaço limitado da cela. “Ninguém pode dizer que está livre de fazer isto, ninguém. Somos todos capazes de fazer a maior asneira do mundo”, observa. A religiosa tinha sido distinguida em Portugal com o ‘Prémio Talento 2008’, atribuído pela Secretaria de Estado das Comunidades, na categoria Humanidades. “Quando visito um preso ou vejo um rapaz ir para tribunal, digo: ‘Senhor, aqui estás tu’”, confessa, emocionando-se. A distinção na Ordem Nacional do Mérito de França, onde a irmã Elisa reside há mais de 50 anos, foi publicada a 14 de novembro de 2013. “Foi uma surpresa”, confessa a religiosa portuguesa. OCAgência Ecclesia |
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Religiosa portuguesa distinguida em França
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