O mundo muçulmano começa a celebrar o mês do Ramadão, esta quarta-feira, 10 de julho. O período de abstinência acontece num clima de crescente hostilidade entre sunitas e xiitas e numa altura em que os conflitos na Síria e no Egito continuam sem uma solução à vista. Se o ritual de jejum for respeitado integralmente, os confrontos serão suspensos, pelo menos de forma transitória. O Ramadão é o período em que os muçulmanos se abstêm de comida, bebida, tabaco e sexo entre o amanhecer ao pôr do sol. Além das privações físicas, é um mês de espiritualidade, piedade e recolhimento, em que são proibidas a mentira e a maledicência. Os fiéis devem pensar mais nos pobres, dar mais esmolas, comparecer com maior frequência na mesquita e afastar os maus pensamentos.
Este ano será um dos mais difíceis, pelo fato do evento religioso coincidir com os «picos» de calor e com as noites mais curtas, o que determinará um jejum de mais de 16 horas diárias. O Ramadão assinala as primeiras revelações divinas ao profeta Maomé, que depois deram origem ao Corão. Para os muçulmanos, jejuar é colocar-se no lugar dos que têm fome e mostrar que a alma pode dominar o corpo.
Fátima Missionária